Casa da Orquestra da Madeira - Funchal - 2006
Volumetria definida por um volume muito bem definido em forma de “triangulo” resultado de um terreno com essa mesma forma. O edifício será construído com uma estrutura de betão armado, formado por dois volumes, o volume periférico aos arruamentos previstos e o volume central que corresponde à sala sinfónica.
O volume central em forma triangular, define exteriormente e muito claramente, a função interior. (Sala Sinfónica) Este é separado do volume periférico por uma entrada de luz natural que ilumina os espaços de circulação interiores durante o dia, e repele a luz artificial para o exterior durante a noite, criando um efeito visual interessante. O volume periférico onde se instalou as restantes funções é composto por dois alçados idênticos, compostos por faixas com 3 metros de altura (vigas onduladas) em betão com alhetas horizontais com 1 metro de altura, apenas interrompido horizontalmente por vãos de visualização interior/exterior (sem vidro) com 1 metro de altura a 1,5 metros da cota do pavimento.
Estas faixas que definem os pisos, surgem do interior do terreno e circundam todo o edifício fluindo suavemente e interlaçando-se ilusoriamente.
Esta solução resolve diversos problemas e atinge os objetivos definidos, nomeadamente: a concentração dos artistas e trabalhadores, que de pé conseguem se relacionar com exterior através de vistas panorâmicas sempre surpreendentes, resolve questões de ventilação, sombreamento e controle da luz solar, assim como questões de manutenção da edificação com a redução das áreas envidraçadas sempre dispendiosas quer ao nível da construção quer ao nível da manutenção.
A estrutura será composta por uma malha de certa forma regular para melhor responder ao programa e para melhor aproveitamento do piso de estacionamento. A estrutura da cobertura da Sala Sinfónica será inovadora porque ao mesmo tempo que a resolve estruturalmente garante excelentes níveis acústicos e de insonorização. A estrutura assente em vigas de betão armado com 3 metros de altura e moldados formando um efeito ondulado interessante que pode lembrar diversos objetos, instrumentos ou paisagens. A cobertura poderá ser utilizada para criar pequenos concertos a solo em que o artista circula pela cobertura enquanto que o público se posiciona encostado ás vigas onduladas, criando um ambiente informal e intimista.