Estádio do Nacional da Madeira - Funchal - 2005

Em termos de opção formal, em termos arquitetónicos optamos por procurar uma solução que pudesse integrar o que está construído e o que estava projetado com o proposto neste projeto.

As questões de forma, e função foram os principais fatores que determinaram a solução encontrada, descrevemos de seguida as nossas principais opções:

  • Alterar a implantação e a distribuição dos parques de estacionamento previstos no programa base para melhorar a funcionalidade, a implantação, a relação do equipamento com a envolvente e ainda reduzir custos e prazos de construção;

  • Relação formal entre as palas de cobertura das bancadas ao nível da inclinação;

  • Fecho lateral das bancadas para melhorar o conforto do publico, cortando o vento frio muito frequente nesta zona principalmente à noite;

  • Posicionar o Campo sintético, de forma a não inviabilizar uma eventual ampliação, passando de medidas não oficiais previstas no caderno de encargos e no nosso projecto (90x52m) para dimensões oficiais de 100x63m. Podemos verificar esta possível ampliação na planta de implantação. Esta ampliação conjuntamente com a construção de uma pequena bancada a sul entre o campo principal e o campo sintético, permitiria a realização de jogos oficiais. Pensamos nós que esta solução seria uma mais valia importante e muito inteligente até para preservação do relvado natural do campo principal;

  • Colocação do campo sintético a um nível mais elevado do que o previsto, indo ao encontro da solução volumétrica prevista na 1º Fase (Pavilhão e piscina por silo de estacionamento) e ainda para dar continuidade visual. Esta continuidade também seria física se o arruamento a norte do estádio algum dia fosse coberto por ampliação do campo sintético, evitando a necessidade de colocar redes altas e inestéticas no perímetro norte do Estádio. A construção de uma pequena bancada que faria a ligação entre os dois campos evitava a exposição visual de um muro de alvenaria sempre desagradável, seria uma excelente opção do ponto de vista estética e do ponto de vista funcional;

  • No topo sul é nossa intenção demolir o muro e a estrutura existente e colocar uma rede o mais transparente possível para abrir a vista panorâmica sobre o mar e sobre a cidade do Funchal. Um arranjo paisagístico com a colocação de árvores de grande altura neste topo sul era uma solução muito interessante;

  • Retocar a fachada principal e lateral da bancada nascente, devido ao fecho da parte de trás e das laterais desse bancada. Esta intervenção poderia ser mais abrangente se fosse feita a colocação de uma caixa de ar com grelhas, em frente aos compartimentos existentes, para dar maior homogeneidade a toda a fachada e para resolver problemas de climatização dos espaços;

  • A fachada poente, por ser totalmente nova, terá uma arquitetura com poucos elementos decorativos de forma a ser facilmente identificável e esteticamente atraente, mostrando grande personalidade. Esta simplicidade formal também proporciona uma melhor e mais fácil manutenção, muito importante quando pensamos construir um equipamento com esta dimensão. 

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